Autoridades de resgate estudavam na
sexta-feira (horário local) dados de satélite em busca de mais pistas do
avião desaparecido da Malaysia Airlines, depois que uma missão aérea e
marítima no oceano Índico, na costa da Austrália, não conseguiu
encontrar qualquer vestígio de possíveis destroços.
A Austrália mobilizou quatro aeronaves internacionais para uma
área cerca de 2.500 quilômetros a sudoeste de Perth na quinta-feira
quando a análise de imagens de satélite identificou dois grandes objetos
que podem ser do Boeing 777, que desapareceu das telas dos radares há
13 dias com 239 pessoas a bordo.
Os investigadores suspeitam que o avião, que decolou de Kuala
Lumpur para Pequim pouco depois da meia-noite de 8 de março, foi
deliberadamente desviado a milhares de quilômetros e, em seguida, caiu
em águas profundas e isoladas do planeta em um possível suicídio.
Autoridades de resgate alertaram que os objetos vistos nas
imagens de satélite, datadas de 16 de março, podem não estar
relacionadas à busca transcontinental pelo avião, mas disseram que o
achado representava a melhor pista até agora.
Quatro aeronaves vão retomar a busca nos 23.000 quilômetros
quadrados na sexta-feira, segundo a Autoridade de Segurança Marítima da
Austrália. Um navio mercante norueguês que tinha sido desviado para a
área nesta quinta-feira ainda estava fazendo buscas. Outra embarcação
deverá chegar na sexta-feira.
O primeiro-ministro em exercício, Warren Truss, disse que a
Austrália continuava examinando imagens de satélite para identificar a
localização dos destroços suspeitos, que incluíam um pedaço de 24 metros
de comprimento, de acordo com estimativas baseadas nos dados do
satélite.
"Claramente, há uma grande quantidade de recursos que estão sendo usados naquela área em particular", disse à rádio ABC.
"Esse trabalho vai continuar, tentando conseguir mais fotos,
uma resolução mais forte, para que possamos ser mais confiantes sobre
onde os objetos estão, quão longe eles se moveram e, portanto, quais
esforços devem ser colocados nas buscas."
Fortes ventos, nuvens e chuva dificultaram as buscas, disse
Kevin Short, vice-marechal do ar das Forças de Defesa da Nova Zelândia,
que enviou um Orion P-3K2 para inspecionar a área na quinta-feira.
"A tripulação nunca encontrou qualquer objeto significativo",
disse à Rádio Nova Zelândia. "A visibilidade não era muito boa, o que
torna mais difícil inspecionar a superfície da água", disse ele.
Da Reuters
(Reportagem adicional de Naomi Tajitus, em Wellington, de A.
Ananthalakshmi, Anuradha Raghu e Niluksi Koswanage, em Kuala Lumpur; de
Neil Darby, em Perth; de Byron Kaye, em Sydney; de Mark Hosenball, em
Washington; e de Nicholas Vinocur e Paul Sandle)
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