Rápido e letal, o blindado Guarani, primeiro da nova geração de
couraçados médios sobre rodas feitos para o Exército, entra hoje em
operação. O primeiro lote de 13 unidades será entregue formalmente à
Força, na 15ª Brigada de Infantaria Mecanizada de Cascavel, no Paraná. O
Guarani, de certa forma, é o substituto de um veículo lendário, o
robusto Urutu EE-11, transportador padrão de tropas no Brasil e em mais
18 países-clientes. Fabricado pela extinta Engesa até meados dos anos
80, ainda permanece em uso regular.
A frota, recebida com cerimonia e presença de várias autoridades, é
destinada a equipar uma companhia de fuzileiros. O custo do lote é
estimado em cerca de R$ 37,7 milhões. Ela faz parte de um negócio bem
maior, a compra de 2.044 blindados, por R$ 6 bilhões, com entrega
prevista até o ano de 2029. A produção é da Iveco Veículos de Defesa,
coligada do grupo Fiat. A empresa já investiu R$ 55 milhões na
instalação da fábrica especializada, construída em Sete Lagoas (MG). A
propriedade intelectual é do Exército e da Iveco. O projeto prevê dez
diferentes versões para o Guarani.
As possibilidades de exportação são consideradas "acima da média",
pelo ministro da Defesa, Celso Amorim. Até 2022, ou pouco além, a
procura mundial por essa classe de blindados será de 20 mil unidades,
excluídos os Estados Unidos, a Rússia e a China - um mercado de US$ 30
bilhões. O primeiro comprador internacional do modelo é a Argentina -
vai receber 14 deles.
Do Estadão
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