Brasil, Argentina e Uruguai fazem buscas por um navio cargueiro que desapareceu, em alto mar, depois de sair de um porto no Rio a caminho da China. A embarcação carregada com minério de ferro levava 24 pessoas e apenas duas foram resgatadas.
As fotos divulgadas pela Marinha do Uruguai foram feitas na região onde o cargueiro desapareceu. Três botes foram encontrados, alguns estavam virados.
Navios mercantes auxiliaram as buscas e resgataram dois tripulantes de nacionalidade filipina. Eles contaram que a embarcação se partiu. Manchas de óleo avistadas na área são um sinal de que o navio pode ter afundado.
Os outros tripulantes ainda não foram encontrados. Estavam a bordo 24 pessoas; eram 16 filipinos e oito coreanos.
O Stellar Daisy (foto ao lado), de bandeira sul-coreana, é um navio de grande porte com 321 m de comprimento. A Marinha e a Aeronáutica do Brasil estão auxiliando as buscas.
Autoridades brasileiras receberam informações de que ventava muito na hora do acidente e que a água do mar invadiu a embarcação. A última parada do supercargueiro Stellar Daisy foi no Brasil, no porto da companhia Vale, o terminal marítimo da Ilha Guaíba, que fica em Mangaratiba, a cerca de 130 km ao sul do Rio. Lá, ele carregou de minério de ferro 260 mil toneladas. No dia 25 de março, o navio partiu então rumo à China.
Do litoral do Rio, o cargueiro deveria atravessar o Oceano Atlântico em direção à África do Sul. Na sexta-feira (31), a tripulação fez um chamado de emergência. Informações de um sistema de rastreamento da Marinha do Brasil indicam o local provável, 3.700 km a leste do porto de Montevidéu.
O Stellar Daisy foi fabricado em 1993. Fontes ouvidas pela TV Globo disseram que o navio não parecia em bom estado de conservação, tinha ferrugem aparente. Mas, segundo autoridades brasileiras, as vistorias e fiscalizações periódicas estavam em dia.
“Estava com essa vistoria realizada em dia, em conformidade com as normas da autoridade marítima brasileira”, disse o diretor de Portos e Costas da Marinha, o vice-almirante Lima Filho.
A dona do navio divulgou um comunicado. A operadora sul-coreana Polaris Shipping pediu desculpas aos familiares e expressou consternação e sentimento de culpa. A empresa disse que está empenhada nas operações de busca e manteve a esperança de resgatar todos os tripulantes com vida.
A investigação do caso será feita pelo Uruguai com apoio de outros países.
O engenheiro naval e capitão de fragata da Marinha do Brasil, o comandante Benites, diz que uma das suspeitas é de que o mal posicionamento da carga pode ter provocado o acidente. “A fase mais crítica para a vida operacional desse navio seja o carregamento do porto até, nem na fase de navegação. Temos que levar em consideração tudo isso para descobrir a causa do acidente”, disse.
Do G1

FAB e Marinha ajudam na procura de navio cargueiro

Foi o terceiro dia de buscas da Força Aérea Brasileira ao cargueiro desaparecido. Apesar de a área marítima ser de responsabilidade do Uruguai, a Aeronáutica e a Marinha do Brasil estão dando apoio a operação numa extensão equivalente a 1700 km². Por enquanto, apenas botes e salva-vidas foram avistados.
A informação é que o navio sul coreano estava com 24 pessoas a bordo e levava 260 mil toneladas de minério de ferro do brasil para a china. Depois de deixar o porto de Itaguai, no Rio de Janeiro, na última sexta- feira, o cargueiro afundou a quase 3000 km da costa brasileira.
"Trata-se de um navio de mais de 300 metros de comprimento, é um navio que sofre grandes esforços estruturais e, certamente, há várias variaveis que podem ter contribuído para a ocorrência desse lamentável acidente" , disse Vice-Almirante Wilson Pereira de Lima Filho.
Dois tripulantes filipinos foram resgatados com vida e agora, também, acompanham as buscas. Hoje à meia-noite um avião da Força Aérea Brasileira deixa a Base Aérea do Galeão, no Rio de Janeiro, para ajudar nas buscas. Serão 20 tripulantes numa viagem de 5 horas e 30 minutos à região do naufrágio. A missão é coordenada pelo centro da aeronáutica em curitiba.
"Existe um bote ainda, dos sete que existiam na embarcação. Seis já foram encontrados, mas um ainda não. Ou seja, pessoas ainda podem estar neste bote", disse Major Bruno Rocha, da Força Aérea Brasileira.
Do Jornal Da Record