A busca pelo submarino argentino San Juan, desaparecido há 18 dias, continuou ontem, em um ponto do Oceano Atlântico a 950 metros de profundidade, segundo informam fontes oficiais. Em seu boletim diário sobre a operação de busca, o porta-voz da marinha argentina, Enrique Balbi, disse que o equipamento submersível russo de operação remota tentará descer até esse ponto. Dois navios diferentes, utilizando sonares, detectaram nesse ponto um sinal de um possível objeto metálico.
O robô russo desceu no sábado para outro ponto onde foi encontrado um sinal, a 477 metros de profundidade. Mas as autoridades descartaram que se tratasse do submarino, pois os destroços encontrados, por suas caraterísticas, seriam de um barco-pesqueiro. O robô submersível desceu para outro ponto, a 700 metros de profundidade, mas nada foi detectado.
Balbi disse que existe um terceiro ponto, a 800 metros de profundidade, e acrescentou que seis navios usados na operação permanecem na região. Na última quinta-feira, a marinha argentina encerrou a fase de buscas para um possível resgate da tripulação e passou para uma etapa de rastreamento para encontrar o submarino, pois já se passaram duas semanas de seu desaparecimento e não há mais condições de haver sobreviventes.
O último contato do submarino com a base em Mar del Plata ocorreu na manhã de 15 de novembro, quando navegava pelo Atlântico Sul, a 450 quilômetros da costa.
No total, 28 navios, nove aeronaves e 4 mil homens participaram das buscas, que contaram com o apoio de 18 países, segundo o comunicado da Marinha.

De O Dia